sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Puskas - O cavaleiro galopante



Ele era baixinho, gordo se vestia horrivelmente mal e ainda andava de uma forma a causar gargalhadas nos mais desavisados. Este era Ferenc Puskas Biró, um cidadão húngaro que poderia ter uma existência sem que fosse notado por ninguém, poderia se não fosse o futebol.

Este húngaro que não se enquadra de maneira nenhuma com a postura elegante de Zidane, Francescoli ou Didi é um dos jogadores que não vi, mas que queria demais ter visto jogar, isso porque ele foi sem dúvidas um dos maiores jogadores que o futebol já viu. Um meia que é o maior artilheiro da história do futebol (sim, o maior), podem dizer que futebol na época era diferente, que um gordinho daqueles não jogaria hoje, mas uma coisa eu sei, inventaram a expulsão por causa dele, porque bateram tanto nele que criaram uma forma de coibir tamanha deslealdade. Será que os “estrelinhas” de hoje, meninos que mais parecem umas bonequinhas jogaria na época de Puskas? Acho difícil.

Puskas foi o líder do time mais temido da história do futebol o Onvéd de Budapeste, um time tão forte que quando começou a perder as pessoas duvidavam, se perguntava: “como pode ser verdade?”

A seleção húngara comandada por Puskas foi um dos times mais impressionantes que o “esporte das multidões” já viu, um time imbatível, imbatível até quebrarem a perna do “major galopante”, sua perna esquerda, justo a perna esquerda a mais temida do futebol de então, sim quebraram sua perna “mágica” de tanto baterem nela na final da Copa de 1954 na Suíça. Mesmo assim continuou até o fim (não, não se fazem mais jogadores assim), como disse antes, por isso inventaram a expulsão. Só isso não bastava para derrotar o grande time, mas aí enlamearam o campo de jogo, criaram uma chuteira especial para os alemães jogar (aí começa a história da Adidas), fizeram de tudo e conseguiram derrotar a seleção de Puskas.

Mesmo assim, Puskas saiu daquele mundial como o grande jogador de futebol do planeta, não é por menos o gordinho jogava demais.

O mundo daquela época era outro, as transformações políticas resultantes do pós guerra estavam a todo vapor, quando em 1956 o correu a Revolução Húngara e a Hungria se rebelou contra a invasão Soviéticao Honvéd e a própria seleção deixaram de existir.

Puskas foi para a Espanha e jogou no Real Madrid, ao lado de Alfredo di Stéfano (figurará aqui hora ou outra), Raymond Kopa e Francisco Gento (também figurarão) fez do Madrid o maior time da época e ajudou a fazer do time espanhol o maior time do século XX, ganharam tudo o que disputaram.

Jogou sem muito brilho a Copa de 1962 pela seleção Espanhola, nem precisava jogar, pois o que ele havia feito na Copa de 1954, Meu Deus!!!Imagem que não me sai da cabeça é daquele gordinho e baixinho com brilhantina no cabelo, a primeira vista um “Zé ninguém”, sim esta imagem é marcante, pois ainda não acredito como ninguém jamais fez mais gols do que aquele gorduchinho. Outra imagem também é a de Puskas saindo de campo carregado no que ficou conhecido como “batalha de Berna”, deveria ser chamado de “massacre de Berna”pois o que os alemães fizeram, não foi futebol.

Muitos dizem: mas a Hungria só teve aquele time de 1954? Só Puskas?

Eu digo: Só?

Puskas o futebol te agradece, pois é por jogadores como você que o GOOL é o momento mais importante de uma partida de futebol.

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